Prólogo II - O Acidente.

 
   5 Anos antes da jornada de Xess Começar...
   Pronto!

   Estou pronta para a viagem de férias com meu pai. Vamos conhecer Johto e suas maravilhosas praias, vai ser as melhores férias da minha vida, tirando a parte que não vou ver meu namorado, Xess, ele é a pessoa mais carinhosa e mais cuidadosa do mundo, tenho a maior sorte do mundo de tê-lo como namorado.
   Sai de casa correndo e ele já me esperava lá fora, depois de um longo beijo nos despedimos.

    — Eu vou sentir muito sua falta. — Diz ele

    — Eu também, mas manteremos contato todo dia pela internet.

    Trocamos olhares por um tempo até minha mãe berrar lá dentro.
    — Alice, mais 5 minutos hein!

    — Amanha é meu aniversário, vai ser uma pena que você não poderá ir à festa — Diz ele

    — Eu sei, meus pais não me deixaram ficar de nenhum jeito. Não vemos meus avós anos, preciso ir vê-los, antes que seja tarde

    — Eu lhe entendo amor, agora vai. Vou sentir sua falta

    Um último abraço, compartilhando o calor um do outro, um abraço confortável onde me sentia mais segura que nunca, pode até ser cedo demais para tirar conclusões, mas Xess é o amor da minha vida, nascemos para estar juntos, para sermos um do outro. Mas algo estava errado, o olhar, eu o conhecia muito bem para saber que estava sentindo algo ruim, mas não falei, ás vezes é apenas a tristeza por eu não estar aqui.

    O parabenizei pelo aniversário — Já tinha dado um lindo café da manhã para ele como presente — e logo ele voltou para casa. Estava totalmente segura, Yara ia cuidar dele, eu sei disso, Shauna não teria chance, e além do mais eu confio nele, sei que nosso amor será eterno no coração dele.

    Quando me virei para entrar em casa alguém me agarrou pelo braço com força, pensei que fosse Xess, mas era Zev.

    — Você ainda da bola para ele? 

    — Zev, já lhe disse, você é um cara legal, mas meu coração é do Xess

    — Você não pode fazer isso comigo — Uma lágrima correu o rosto dele

    — Zev, tente entender, você ainda vai achar alguém que te ame com todo o coração
    — Mas eu te amo com todo o coração, você está destinada a ser minha
    — Eu não sou um objeto para ser sua — Comecei a ficar nervosa
    — Tem certeza que prefere Xess?
    — Como todo meu ser
    — Me pai saberá disso
    Ele começou a se afastar
    — Não tenho medo dele! — Gritei nervosa
    Meus pais apareceram com mala e tudo e logo o Taxi apareceu.
    Não tive tempo de falar nem fazer nada, apenas sentei no carro e percorri em silencio a viagem inteira, meus pais não paravam de falar, e eu apenas concordava sem nem ouvi-los. Era triste quebrar o coração de alguém, Zev é um cara muito bacana, mas muito ambicioso, nem se eu quisesse conseguiria me apaixonar por ele.
    Lágrimas corriam meu rosto e dizia aos meus pais que era a saudade de Xess, também era, mas Zev me estressa emocionalmente. Rapidamente chegamos no aeroporto. Continuei calado até estarmos no avião. A aeromoça disse para apertarmos os cintos e desligar os aparelhos eletrônicos que já íamos decolar. Senti o avião tremer até as rodas perderem o chão.
    Como Zev pode ser tão rude, um filhinho de papai, nunca vi o pai dele, mas ele se gaba dizendo que é o mais poderoso do mundo, acho difícil se ninguém nunca o viu. Logo fui cochilando enquanto o tempo passava.
    Acordei com o avião tremendo, pensei que estávamos pousando, mas não algo estava errado, os passageiros começaram a se desesperar, eu agarrei o braço do meu pai e comecei a chorar, seja lá o que esteja acontecendo é grave. A aeromoça apareceu pedindo para que nos acalmemos que a situação logo estará sob controle, mas pela janela era óbvio que estávamos caindo.
    Meus pais me abraçaram com força e ficamos abraçados. Logo uma explosão aconteceu na parte de trás do avião, o que foi suficiente para cairmos mais rápido. Era meu fim, ia morrer e não tinha como escapar disso. O vento ficou forte, tiramos o cinto e tentamos ir para cabine do motorista, já que o avião estava caindo por trás, eu e meus pais abraçados fielmente, mas minha mãe perdeu o equilíbrio e escorregou rumo ao céu, e meu pai fomos arrastados juntos, e logo estávamos caindo por conta própria, o meu maior terror foi que eles se afastaram e eu fiquei sozinha, eu não conseguia gritar, eu não conseguia chorar, ia deixar meus avós que essa hora estão arrumando um grande banquete, ia deixar Xess que está nos preparativos da festa, iria deixar o grande amor da minha vida. Iria afogar na morte.
    Comecei a perder os sentidos, fiquei tonta, os óculos já voara da minha cara e o cabelo castanho atrapalhava mais ainda a visão, parecia que nunca ia cair no chão, não conseguia ver meus pais, parecia ilusão, mas nem terra eu conseguia ver, mas de qualquer forma minha hora está chegando, minha visão fica embaçada, meu corpo trêmulo não responde a nenhum comando, finalmente fecho os olhos antes do impacto, me afundando na minha própria morte.